Quase dez anos após o lançamento do álbum Ciranda de Ritmos, a cirandeira Lia de Itamaracá lançou, em novembro, o disco Ciranda Sem Fim. O trabalho carrega o selo do edital Natura Musical através da Lei Federal de Incentivo à Cultura e foi produzido pelo DJ Dolores. O álbum chegou às plataformas de streaming com 11 faixas.
No material, os admiradores da voz marcante da cirandeira mais famosa do Brasil, podem conhecer uma artista que vai além de uma brincante de ciranda. A proposta do DJ Dolores não é desconfigurar a referência que Lia carrega enquanto referência da Ciranda, mas oferecer uma fusão entre novos e antigos sons. “Lia é cantora do que ela quiser. A voz imponente, marcante e vibrante também pode apresentar outros ritmos. A partir disso estamos apresentando essa repaginada”, explica Dolores, que assina a direção musical do novo trabalho.
O nome do álbum também batiza uma das músicas integrantes do disco. Ciranda Sem Fim Para Lia foi um presente dado à artista pelo músico carioca Lúcio Sanfilippo durante um encontro entre os dois no Rio de Janeiro, em 1999. A faixa recorda o trabalho como merendeira, ofício desempenhado pela cantora durante 30 anos em uma escola estadual da Ilha de Itamaracá.
Lia acompanhou a escolha do repertório, e participou da montagem das faixas desde a composição da ideia. “Estou encantada com o resultado do trabalho, inclusive com as músicas românticas que sempre gostei de ouvir e agora pude gravar”, conta Lia.
Entre as letras mais intimistas escolhidas por Lia está O Relógio. A canção original El Reloj fez sucesso foi composta nos anos 50 pelo cantor mexicano Roberto Cantoral. No Brasil, a música foi marcada pela voz de Altemar Dutra. O bolero está entre os 10 mais famosos e executados no mundo. Já a faixa Apenas um trago (Bom dia, meu amor) foi sucesso nos anos 70, composta pelo mineiro e cantor de brega José Ribeiro.
Ao contrário dos discos anteriores: Rainha da Ciranda (1977), Eu Sou Lia (2000) e Ciranda de Ritmos (2010), a poesia é obra presente neste álbum atual, com a colaboração de textos de outras mulheres, como em Falta de Silêncio, de Alessandra Leão. A poesia, agora cantada por Lia, é um mantra à Iemanjá. Peixe Mulher, de Ava Rocha e Iara Renó, é uma referência à relação de Lia com o mar da Ilha de Itamaracá, cidade da cirandeira.
O cantor e compositor paraibano Chico César também participa do novo álbum, na autoria da música Desde Menina, outro presente oferecido à Lia. No material, Lia teve um encontro com outros nomes da música de Pernambuco, a exemplo do percussionista Lucas dos Prazeres e do baixista Yuri Queiroga. A cantora Alessandra Leão contribui para o trabalho na composição da faixa Falta de Silêncio.
Além das plataformas digitais, o trabalho também está disponível nos formatos de CD e LP.
A capa do álbum traz uma fotografia de José de Holanda. O projeto visual, uma fusão de cores, foi produzido por Celso Hartkopf, com o intuito de resgatar a ancestralidade africana de Lia. “As formas, cores e símbolos vêm principalmente das músicas, seja das letras, das melodias ou dos arranjos. Todos os traços feitos nessa capa foram feitos ao som do disco”, conta.
O projeto foi selecionado pelo Natura Musical por meio do edital 2018 com o apoio da Lei de Incentivo à Cultura da Secretaria de Cultura e da Secretaria da Fazenda da Bahia.
Sobre Lia de Itamaracá
Maria Madalena Correia do Nascimento nasceu em 12 de janeiro de 1944. É a única de 18 filhos a se dedicar a música. Segundo Lia é um “dom de Deus e uma graça de Iemanjá”. A trajetória começou na década de 70 a partir dos versos “essa ciranda quem me deu foi Lia que mora na Ilha de Itamaracá. Em 1977 gravou o LP Rainha da Ciranda; em 2000 foi a vez do disco Eu Sou Lia; em 2010 nasceu o Ciranda de Ritmos, um encontro da ciranda com o coco de roda e o maracatu. A cirandeira mais famosa do Brasil recebeu, em 2005, se tornou Patrimônio Vivo da Cultura de Pernambuco. Chamada de Diva da Música Negra pelo The New York Times, Lia levou sua ciranda para países da América Latina e Europa. Em julho deste ano, teve sua vida.
Data: 04.02.2022
Horário: 22h
Abertura da Casa: 20h30
INGRESSOS
Pista – Lote 1: R$60,00 / R$30,00 (meia-entrada)
Pista – Lote 2: R$80,00 / R$40,00 (meia-entrada)
Pista – Lote 3: R$100,00 / R$50,00 (meia-entrada)
Pista – Lote 4: R$120,00 / R$60,00 (meia-entrada)
Bistrô superior: R$140 / R$70,00 (meia-entrada)
Camarote: R$160,00 / 80,00 (meia-entrada)
ATENÇÃO: SUJEITO À VIRADA DE LOTE SEM AVISO PRÉVIO
SERVIÇO
Casa Natura Musical
Rua Artur de Azevedo 2134 – Pinheiros, São Paulo
Confira aqui as regras da meia entrada: https://bileto.sympla.com.br/meia-entrada
PROTOCOLOS DE SAÚDE
A hora do nosso reencontro tá chegando! Para que o nosso retorno aconteça da maneira mais segura possível, vamos precisar da colaboração de cada um de vocês. Somente com muito cuidado e responsabilidade coletiva, poderemos voltar a nos encontrar na música.
Venha pra Casa com seu comprovante de vacina atualizado e de máscara PFF2, N95 ou cirúrgica. Se estiver com sintomas, ainda que leves, perto da data do show, deixe pra vir nos visitar outro dia.
Seguindo as recomendações das autoridades de saúde, montamos um guia com os principais protocolos que usaremos para receber vocês nos shows na Casa a partir de 2 de fevereiro:
1º) Comprovante de vacinação atualizado com no mínimo duas doses
Pode ser físico ou virtual. O importante é que esteja em dia. Se atente à data da sua 3ª dose no site https://www.vacinaja.sp.gov.br/ ou no canal de comunicação da prefeitura da sua cidade.
2º) Uso de máscara durante a permanência na Casa
Obrigatório. E a entrada só será permitida com máscaras N-95/PFF2 sem filtro ou máscaras cirúrgicas. Máscaras de pano, de plástico, bandanas e outros adereços semelhantes não serão aceitos.
*Importante: Por sermos um local majoritariamente fechado, a retirada da máscara só será permitida para o consumo pontual de bebidas. Não haverá comidinhas na Casa.
3º) Lotação reduzida
Estamos disponibilizando menos ingressos à venda, para aumentar o distanciamento social e garantir uma noite mais segura.
4ª) Artistas e equipes previamente testades
E toda a equipe trabalhará com máscaras N-95/PFF2, com exceção des artistas que estarão se apresentando.
5ª) Circulação reduzida nos bastidores
A gente ama encontrar nossos artistas favorites no camarim depois do show, né? Mas entendemos que agora não é o momento. Somente as equipes autorizadas poderão circular nos bastidores da Casa.
Não se preocupe: Haverá pessoas instruindo e fiscalizando os protocolos durante a sua permanência na Casa.
Se você tiver ingresso e apresentar sintomas de COVID-19, ainda que leves, próximo à data do show, orientamos a não comparecer e a contatar o nosso atendimento via e-mail para mais informações. Cuidem-se!
R. Artur de Azevedo, 2134
Pinheiros, São Paulo – SP
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Alvará nº 2024/07398-00