O cantor, compositor e multi-instrumentista Jota.pê, vem ganhando grande destaque na cena da música contemporânea brasileira com seu violão e um timbre grave e calmo que encanta quem escuta. Além de compor o duo AVUÁ, Jota.pê também tem sua carreira solo e atualmente, o artista anunciou seu novo álbum intitulado “Se o Meu Peito Fosse o Mundo” que chega ao mundo no dia 27 de outubro. Aproveitamos sua passagem pela Casa Natura Musical para bater um papo com o artista e saber mais sobre esse novo trabalho.
Este álbum será dividido em duas partes, denominadas Lado A e Lado B e conta com algumas faixas já conhecidas pelo público e outras inéditas. O Lado A, composto pelas primeiras cinco faixas, terá o primeiro lançamento no dia 27 de outubro. Um destaque dessa primeira parte é a participação de Xênia França em uma das faixas. A produção do álbum é de Felipe Vassão e Rodrigo Lemos, sob a direção artística do renomado Marcus Preto e a produção executiva está a cargo de André Maia.
Falando um pouco sobre a sua trajetória na música, Jota.pê nos contou que as primeiras referências que mais o ajudaram a buscar uma identidade própria foram Djavan, Gilberto Gil e Lenine. Ao ouvir esses artistas, o cantor percebeu que cada um deles possuía uma identidade única e assim, ele começou a explorar como poderia aplicar as mesmas técnicas e, ao mesmo tempo, desenvolver sua própria sonoridade. Essa jornada desempenhou um papel crucial na descoberta de seu próprio estilo musical. Atualmente, o artista é fortemente influenciado também por outros músicos de sua geração, incluindo Teodoro Nagô, Nina Oliveira, Bruna Black, os integrantes do 5 a seco, Tássia Reis, Xênia, Liniker e Luedji Luna.
Ao se preparar para seu novo álbum, Jota.pê pesquisou influências de fora do Brasil e encontrou inspiração na música africana, particularmente na música de Cabo Verde.
“Quando eu comecei a pesquisar coisas de fora, me deparei com muita música africana e descobri que na música de Cabo Verde tem muita coisa que eu amo, então tem muitas influências principalmente nas sonoridades.” contou Jota.pê.
O músico Chibatinha, que contribuiu com o álbum, trouxe essas influências de Cabo Verde em sua guitarra para esse trabalho. Saindo da esfera das sonoridades de guitarra, o artista mencionou a influência significativa de Tom Misch, que também é uma das referências estrangeiras mais próximas a ele e que moldaram seu som.
Para trabalharem no álbum, a equipe do artista se reuniu na Gargolândia, uma fazenda localizada no interior de São Paulo que abriga um estúdio. Lá, o artista, juntamente com os produtores e a banda, passaram mais de uma semana gravando e produzindo o álbum. Jota.pê conta que o ambiente descontraído da fazenda proporcionou uma experiência enriquecedora para a criação deste trabalho.
O álbum em questão apresenta uma sonoridade dançante, com ritmos cheios de balanço e suingue. Além do já anunciado feat com Xênia França, há duas outras participações que ainda não podem ser reveladas. Neste álbum, Jota.pê expressa uma ampla variedade de temas e sentimentos que o afetam, abordando uma mistura de experiências positivas e negativas que ocorrem simultaneamente em nossas vidas.
“Pensando sobre o que eu queria falar nesse novo álbum, percebi que tem tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que mexe com a gente, seja positiva ou negativa, então acho que esse álbum é uma mistura de tudo, sobre essa pluralidade de assuntos que é a vida.” diz Jota.pê.
Em nosso bate papo, Jota.pê deixou um recado final de agradecimento para todes que acompanham seu trabalho, seus shows e compartilham sua música. Ele também já anunciou em suas redes sobre o lançamento, e dia 27 de outubro já estará disponível em todas as plataformas digitais. Estamos ansioses por aqui e vocês?
Texto por Renata Rosas para a Casa Natura Musical