No Dia do Samba, o #CapaDoDisco resgata o trabalho de alguns dos capistas mais requisitados pelos sambistas na era de ouro dos discos de vinil, entre 1960 e 1970, época de retomada do samba na indústria fonográfica brasileira.
Responsáveis pela arte que apresentava ao público a mensagem contida nas músicas do disco, os capistas tinham bastante prestígio na era dos LPs. Gravadoras e artistas entendiam a capa como elemento fundamental para o sucesso ou fracasso mercadológico de um trabalho: era por meio de uma capa atrativa que um disco podia ou se destacar ou se apagar nas prateleiras das lojas. E como o processo de expansão do samba coincide com a era áurea dos LPs, esses profissionais foram essenciais no processo de difusão do gênero neste período.
Ilustradores, cartunistas, designers, fotógrafos, produtores. As capas eram trabalho de muita gente, mas alguns nomes de destacaram como capistas na música brasileira. Um dos mais famosos, Elifas Andreato, foi responsável pela capa de muitos discos de samba: quase toda a discografia de Paulinho da Viola e de Martinho da Vila ganharam artes assinadas pelo artista plástico paranaense. Elifas também desenhou capas para Clara Nunes, Clementina de Jesus, Adoniran Barbosa.
Lan e Miécio Caffé foram cartunistas geniais, que viram seus desenhos estamparem obras de Dorival Caymmi, Monarco, Moreira da Silva e da velha-guarda da Portela.
Entre outros artistas gráficos de renome estão Joselito de Oliveira Mattos, Augusto Jatobá, Mello Menezes, Nilo de Paula e Luiz Pessanha.
(Material de pesquisa: artigo “Os Bambas do Samba – A arte nas capas dos LPs”, por Raony Felix e Tamara Emy)